quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Projeto de Coordenação Pedagógica


Estarei compartilhando com vocês o meu projeto de Coordenação Pedagógica...

Projeto de Coordenação Pedagógica 2012







Coordenadora
     Pedagógica


Fernanda Kelly Vieira Dias





“Aprendi muito com meus mestres, mais com meus companheiros e mais ainda com os meus alunos.”
Provérbio Judaico.







I.       Justificativa:

Acredito que o aprendizado é fundamental para o desenvolvimento do ser humano, por tal motivo aceitei o desafio da função de coordenador pedagógico.
A identificação com os desafios do coordenador me motivou a exercer a função, juntamente com o estimulo de alguns colegas de trabalho evidenciando o bom trabalho realizado como professor de educação infantil.
Iniciei como coordenadora pedagógica nesta unidade escolar no mês de fevereiro de 2010 e continuo exercendo a função com ênfase na formação continuada do professor proporcionando aquisição de novos conhecimento de todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem, trocas de saberes e reflexão sobre a prática educativa.


II.      Concepção de ensino e de aprendizagem:

"Tão importante quanto o que se ensina e se aprende é como se ensina e como se aprende".
( César Coll )


O processo de ensino e aprendizagem é algo que acontece desde o nascimento do ser humano. Existem ações realizadas que são consideradas como natas, ou seja, o individuo realiza se tem necessidade de aprender, pois já nasceu com este mecanismo, como exemplo, o ato de sugar ao mamar e entre outros.
Acredito que a concepção de ensino utilizada durante muito tempo, o método tradicional (Behaviorismo) é muito rígida, valoriza apenas a transmissão do conhecimento, utiliza a ação repetitiva, o erro é classificatório e não contempla um aprendizado significativo ao educando.
A concepção construtivista idealizada pelo biólogo suíço Jean Piaget enfatiza o ensino como um processo, valorizando as experiências vividas, levando o ser humano a refletir sobre suas experiências estabelecendo estratégias de resolução de situações. O professor desempenha o papel de facilitador da aprendizagem e incentiva a autonomia; o aluno é criador do conhecimento e questionador, as atividades geralmente são desenvolvidas por meio de projetos e o “erro” é avaliado através de reflexão da ação.
Acredito que o método construtivista/sócio-construtivista desenvolve um aprendizado mais eficaz no grupo escolar, durante as reuniões de HTPC e planejamento, proporcionando a formação continuada, realizamos leituras compartilhas, valorizamos na roda de conversa a opinião de cada um e ratificamos a questão que educar é provocar a atividade, estimulando a procura do conhecimento, ou seja, não devemos dar nada pronto ao aluno (professor) e sim


oferecer meios para que ele busque novos conhecimentos, porém é importante ressaltar que para realizar esse trabalho construtivista o coordenador pedagógico deve fazer um diagnóstico dos saberes dos professores.

III.    Objetivos:

A partir de observações e diagnósticos de sabres existentes no grupo escolar tenho como objetivo este ano:
Ø  Possibilitar a reflexão dos professores sobre as concepções que embasam a sua prática;
Ø  Desenvolver no grupo escolar habilidades de escrita;
Ø  Possibilitar reflexão das ações dos professores dentro e fora de sala;
Ø  Incentivar a leitura de textos, livros, poesias, outros gêneros e portadores de texto;
Ø  Incentivar os registros do processo pedagógico;
Ø  Possibilitar aquisição de conhecimentos sobre necessidades especiais;
Ø  Incentivar o trabalho coletivo;
Ø  Possibilitar a reflexão sobre as atividades a serem desenvolvidas com os educandos.

IV.    Metas Previstas:

Ø  Criar uma parceria com os educadores;
Ø  Ampliar o conhecimento sobre projetos escolares;
Ø  Conquistar mudanças de atitudes após as reflexões sobre a prática docente;
Ø  Estimular a participação coletiva do grupo escolar em atividades diversas desenvolvidas durante o ano letivo;
Ø  Incentivar e garantir a participação da comunidade nos trabalhos realizados pela U.E.;
Ø  Garantir que os professores elaborem o planejamento dentro das expectativas e habilidades dos segmentos;
Ø  Garantir que os professores saibam selecionar atividades significativas para cada habilidade.



V.     Ações a desencadear:

Diante das metas previstas para o ano de 2012 é necessário planejar as ações em primeiro lugar. A ampliação do conhecimento sobre os projetos escolares iniciará no inicio do ano letivo, proporcionando aos educadores a reflexão sobre a importância de se desenvolver e aplicar os projetos institucionais, educacionais e didáticos diante de uma concepção construtivista de ensino, possibilitando o aluno a participação efetiva durante todas as etapas. As mudanças de atitudes através da reflexão serão trabalhadas durante as reuniões de HTPC’s e planejamento, incentivando o educador a avaliar sempre a sua prática, portanto a utilização de textos específicos e a troca de saberes entre os mesmo serão à base desta reflexão. Sabe-se que para um bom desenvolvimento escolar é necessário o grupo escolar andar em direção a um mesmo objetivo, ou seja, podemos até traçar caminhos diferentes, mas devemos ter um objetivo em comum para o final do ano. O Incentivo para realização das tarefas e atividades no coletivo deve ser trabalhado sempre, motivando o grupo a desencadear habilidades de socialização e compartilhamento de responsabilidades.
Diante dos desafios da função, segundo Cristiane Pelissari o formador deve trabalhar diante de desafios, pois afinal se não existissem não teríamos como buscar novos caminhos. O formador deve criar um contexto investigativo de formação, o coordenador deve propor uma formação que privilegie a analise da prática do professor. Devemos intervir com a intenção de “destruir” certezas que os educadores tenham sobre certos assuntos, instaurando dúvidas, fazendo com que ele reflita saindo daquela visão delimitada. Para tanto o formador deve proporcionar momentos de formação de conhecimento, ao invés de apenas transmitir conhecimentos teóricos para os profissionais.
O coordenador pedagógico deve estar atento para analisar as necessidades formativas dos professores, devemos realizar diagnósticos das necessidades, porém não podemos nos remeter somente no inicio do ano, no período inicial de planejamento, tais diagnósticos devem ser realizados durante e ao longo da formação. O formador tem que estar sempre observando e ser um grande ouvinte, buscando novos conhecimentos e que esteja aberto para aprender junto. Para tanto no inicio do ano é importante realizarmos um perfil do grupo registrando tais necessidades e no decorrer do ano observar as mudanças do grupo.
O terceiro desafio do formador, que acredito ser um dos meus maiores desafios este ano será analisar as práticas dos professores em sala de aula. Durante os anos anteriores por termos na unidade escolar apenas assistentes de desenvolvimento infantil desempenhando a função de professores, era mais fácil o coordenador ter acesso as aulas, pois já existia uma

parceria com os mesmos a muito tempo. Porém este ano de 2012 com a entrada dos professores efetivos na instituição, tal parceria deverá ser estabelecida novamente. Tendo em vista que é de suma importância o coordenador auxiliar o professor a refletir sobre sua prática, conclui-se que devemos ter a aula como um objeto de analise, porém tal tarefa não é algo tão fácil. Será preciso fazer parcerias com os educadores, visando que o coordenador não está ali para julgar e sim para ajudar o professor a olhar para a sua prática. O coordenador deve estar atento para observar se o discurso do professor está bem articulado revendo se a teoria está condizente com a prática, pois nem sempre o que é planejado e registrado, acontece verdadeiramente. Ressalto também que é importante o coordenador analisar, fazer suas intervenções e obviamente dar as suas devolutivas aos professores.
Outro ponto importante é o coordenador atuar em trânsito entre o papel de professor e de formador, deste modo devemos estar próximos dos professores e ao mesmo tempo distante. Mas como isso é possível? Acredito que essa proximidade com o professor se estabelece por meio da parceria realizada entre as partes, pois o formador deve ter a visão das dificuldades do educador e fazer parte deste grupo também, acredito que isso acontecerá no decorrer do ano. Essa distância mencionada deve-se ao fato de podermos olhar de uma maneira diferente para a prática do educador e perceber o que é necessário melhorar e ampliar, tarefa que nem sempre é fácil, pois precisamos fazer isso de uma maneira que não invada de uma maneira imprópria a sala de aula do professor.
No momento que o coordenador passa a ser um formador ele precisa compreender os processos de aprendizagem do adulto - professor, pois o mesmo não aprende da mesma maneira que a criança. O coordenador deve ter este olhar atento e perceber os conhecimentos prévios dos professores e conhecer quais são as concepções que orientam a prática do mesmo. Quando trabalhamos com crianças somos os detentores dos saberes, porém quando somos formadores estamos trabalhando com pessoas com a mesma formação.
Fazer parte de um coletivo de formadores evidenciando o trabalho coletivo é muito importante no desenvolvimento do trabalho do coordenador pedagógico, pois também precisamos de formação. O curso “Os saberes necessários ao coordenador pedagógico” Módulo I e II, nos remete à muitas reflexões e nos auxilia a sair da nossa visão e amplia- la de maneira muito significativa. Precisamos trocar saberes com outros formadores e compartilhar ideias, evidenciando o aprendizado acima de tudo.

VI.    Avaliação:

O trabalho desenvolvido pelo coordenador pedagógico será avaliado por meio de registros feitos, por acompanhamento realizado pela equipe de supervisão e formação existente na secretaria de educação (SEDUC) e a construção do portfólio da coordenação pedagógica, instrumento avaliativo que apresenta uma visibilidade de todo o trabalho desenvolvido durante o processo de ensino e aprendizagem.

VII.  Bibliografia

FERRARI, Márcio. Revista Nova Escola – Especial Pensadores. São Paulo. Ed Abril.
FREIRE, Paulo – Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários á pratica educativa. São                                Paulo: Paz e Terra.
PELISSARI, Cristiane. Revista Avisa lá. Abril de 2007.

1 comentários:

Lourival disse...

GOstei muito . parabéns!!

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