As modalidades organizativas são muito importantes dentro do planejamento do professor...
E nós coordenadores pedagógicos devemos estar atentos e observar no planejamento semanal do professor se ele está contemplando as modalidades organizativas....
MODALIDADES
ORGANIZATIVAS
Além da seleção das habilidades e dos
conteúdos a serem trabalhados de acordo com as áreas do conhecimento, há ainda
outra importante decisão pedagógica a ser tomada: a escolha das modalidades
organizativas mais adequadas.
Atividades
permanentes
São situações didáticas propostas
regularmente, se repetem de forma sistemática e previsível, com o objetivo de
construir atitudes, criar hábitos. A marca principal dessas situações é a
regularidade, que propicia um contato intenso com determinado tipo de
atividade, poderão acontecer todos os dias ou em alguns dias
específicos (ex: roda de empréstimo de livro toda 6ª feira, coleção uma vez por
semana)
Ex: chamada, calendário, higiene,
alimentação, rodas de leitura...
Atividades
seqüenciais
São situações didáticas articuladas,
que possuem uma seqüência de realização, cujo principal critério é o nível de
dificuldade. Funcionam de forma parecida com os projetos e podem integrá-los,
mas não fornecem um produto final predeterminado.
Ex: histórias (do mesmo autor, de lobo,
bruxa), músicas, jogos e brincadeiras, gêneros textuais, nome próprio...
Atividades
independentes ou ocasionais
Trabalha-se algum conteúdo
significativo, mesmo sem relação direta com o que se está sendo desenvolvido.
Assuntos que surgem e não foram planejados anteriormente, mas fazem sentido num
dado momento.
Ex: campanhas, algo que a criança traz,
notícias, novidades que acontecem ou que estão em alta na mídia...
Projetos
São situações didáticas que se
articulam em função de um objetivo e de um produto final. Contextualizam as
atividades de linguagem oral e escrita. Tem uma finalidade compartilhada e um
compromisso por todos os envolvidos que se expressa em um produto final. O
tempo de duração pode ser variável, alguns pode envolver toda a escola e outros
que serão destinados à um segmento. Geralmente os projetos envolvem as diversas
áreas do conhecimento.
Ex: Leitura - gêneros textuais (contos,
lendas, poesias, músicas, parlendas...), natureza e sociedade (animais,
plantas, alimentos, civilizações, família, folclore)...
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INTEGRAR
ATIVIDADES PERMANENTES, SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS E PROJETOS DE ENSINO REQUER
PLANEJAMENTO E CONHECIMENTO CLARO DOS CONTEÚDOS.
Luiza Andrade /Arthur Guimarães
Site revista Nova
Escola 01/2009
Você já sabe o que
ensinar ao longo do ano com base nas expectativas de aprendizagem de cada
disciplina. Falta agora saber como colocar tudo isso em prática no dia-a-dia da
sala de aula. A pesquisadora argentina Delia Lerner classificou o trabalho em
classe em três grandes blocos - atividades permanentes, sequências didáticas e
projetos didáticos -, que hoje são conhecidos como modalidades organizativas.
Como em um jogo de encaixar peças, planejar o uso dos três ao longo do ano
exige visão global do processo e capacidade de projetar cenários e encadear
situações, pois eles são módulos complementares que podem ser interligados ou
usados separadamente, em montagens que devem levar em consideração os objetivos
e os conteúdos a trabalhar.
"Toda essa rede de atividades tem de estar desenhada antes mesmo de começar o ano letivo. De preferência, numa tabela. O ideal é começar do todo e ir aos poucos, criando as ramificações. Fazer esse tipo de previsão ajuda a guiar os passos, evita a sobreposição de assuntos e clareia o ponto de partida e o de chegada", explica Andrea Guida, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária.
Para ela, esse tipo de organização deve ser compartilhado por todos os professores, independentemente de série ou disciplina. "Planejar dessa forma ajuda a pensar o progresso dos alunos e favorece a retomada consciente de conteúdos durante a vida escolar. Se determinada turma leu muitos contos de fadas no 1º ano, vai realizar mais facilmente um projeto de produção de um livro quando chegar ao 2º", exemplifica. "Mas estabelecer esse tipo de rotina não significa criar uma camisa de força. A ideia é programar cada detalhe, com materiais e abordagens pré-analisadas e estudadas, mas saber que imprevistos podem surgir."
As definições e especificidades de cada uma das modalidades organizativas são bem claras. As atividades permanentes devem ser realizadas regularmente (todo dia, uma vez por semana ou a cada 15 dias). Normalmente, não estão ligadas a um projeto e, por isso, têm certa autonomia. As atividades servem para familiarizar os alunos com determinados conteúdos e construir hábitos. Por exemplo: a leitura diária em voz alta faz com que os estudantes aprendam mais sobre a linguagem e desenvolvam comportamentos leitores. Ao planejar esse tipo de tarefa, é essencial saber o que se quer alcançar, que materiais usar e quanto tempo tudo vai durar. Vale sempre contar para as crianças que a atividade em questão será recorrente - ao longo do semestre ou mesmo do ano todo.
Já a sequência didática é um conjunto de propostas com ordem crescente de dificuldade. Cada passo permite que o próximo seja realizado. Os objetivos são focar conteúdos mais específicos, com começo, meio e fim (por exemplo, a regularidade ortográfica). Em sua organização, é preciso prever esse tempo e como distribuir as sequências em meio às atividades permanentes e aos projetos. É comum confundir essa modalidade com o que é feito no dia-a-dia. A questão é: há continuidade? Se a resposta for não, você está usando uma coleção de atividades com a cara de sequência.
Por fim, temos o projeto didático, modalidade que muitas vezes se confunde com os projetos institucionais (que envolvem a escola toda). Suas principais características são a existência de um produto final e objetivos mais abrangentes. Os erros mais comuns em sua execução são certo descaso pelo processo de aprendizagem, com um excessivo cuidado em relação à chamada culminância.
"Toda essa rede de atividades tem de estar desenhada antes mesmo de começar o ano letivo. De preferência, numa tabela. O ideal é começar do todo e ir aos poucos, criando as ramificações. Fazer esse tipo de previsão ajuda a guiar os passos, evita a sobreposição de assuntos e clareia o ponto de partida e o de chegada", explica Andrea Guida, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária.
Para ela, esse tipo de organização deve ser compartilhado por todos os professores, independentemente de série ou disciplina. "Planejar dessa forma ajuda a pensar o progresso dos alunos e favorece a retomada consciente de conteúdos durante a vida escolar. Se determinada turma leu muitos contos de fadas no 1º ano, vai realizar mais facilmente um projeto de produção de um livro quando chegar ao 2º", exemplifica. "Mas estabelecer esse tipo de rotina não significa criar uma camisa de força. A ideia é programar cada detalhe, com materiais e abordagens pré-analisadas e estudadas, mas saber que imprevistos podem surgir."
As definições e especificidades de cada uma das modalidades organizativas são bem claras. As atividades permanentes devem ser realizadas regularmente (todo dia, uma vez por semana ou a cada 15 dias). Normalmente, não estão ligadas a um projeto e, por isso, têm certa autonomia. As atividades servem para familiarizar os alunos com determinados conteúdos e construir hábitos. Por exemplo: a leitura diária em voz alta faz com que os estudantes aprendam mais sobre a linguagem e desenvolvam comportamentos leitores. Ao planejar esse tipo de tarefa, é essencial saber o que se quer alcançar, que materiais usar e quanto tempo tudo vai durar. Vale sempre contar para as crianças que a atividade em questão será recorrente - ao longo do semestre ou mesmo do ano todo.
Já a sequência didática é um conjunto de propostas com ordem crescente de dificuldade. Cada passo permite que o próximo seja realizado. Os objetivos são focar conteúdos mais específicos, com começo, meio e fim (por exemplo, a regularidade ortográfica). Em sua organização, é preciso prever esse tempo e como distribuir as sequências em meio às atividades permanentes e aos projetos. É comum confundir essa modalidade com o que é feito no dia-a-dia. A questão é: há continuidade? Se a resposta for não, você está usando uma coleção de atividades com a cara de sequência.
Por fim, temos o projeto didático, modalidade que muitas vezes se confunde com os projetos institucionais (que envolvem a escola toda). Suas principais características são a existência de um produto final e objetivos mais abrangentes. Os erros mais comuns em sua execução são certo descaso pelo processo de aprendizagem, com um excessivo cuidado em relação à chamada culminância.
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