Estarei
compartilhando com vocês o meu projeto de Coordenação Pedagógica...
Projeto de Coordenação Pedagógica 2012
Coordenadora
Pedagógica
Fernanda Kelly Vieira
Dias
“Aprendi
muito com meus mestres, mais com meus companheiros e mais ainda com os meus
alunos.”
Provérbio Judaico.
I.
Justificativa:
Acredito que o aprendizado é
fundamental para o desenvolvimento do ser humano, por tal motivo aceitei o
desafio da função de coordenador pedagógico.
A identificação com os desafios do
coordenador me motivou a exercer a função, juntamente com o estimulo de alguns
colegas de trabalho evidenciando o bom trabalho realizado como professor de
educação infantil.
Iniciei como coordenadora pedagógica
nesta unidade escolar no mês de fevereiro de 2010 e continuo exercendo a função
com ênfase na formação continuada do professor proporcionando aquisição de novos
conhecimento de todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem,
trocas de saberes e reflexão sobre a prática educativa.
II.
Concepção de ensino e de aprendizagem:
"Tão importante quanto o que se ensina e se aprende
é como se ensina e como se aprende".
( César Coll )
O processo de ensino e aprendizagem é
algo que acontece desde o nascimento do ser humano. Existem ações realizadas
que são consideradas como natas, ou seja, o individuo realiza se tem
necessidade de aprender, pois já nasceu com este mecanismo, como exemplo, o ato
de sugar ao mamar e entre outros.
Acredito que a concepção de ensino
utilizada durante muito tempo, o método tradicional (Behaviorismo) é muito
rígida, valoriza apenas a transmissão do conhecimento, utiliza a ação
repetitiva, o erro é classificatório e não contempla um aprendizado
significativo ao educando.
A concepção construtivista idealizada
pelo biólogo suíço Jean Piaget enfatiza o ensino como um processo, valorizando
as experiências vividas, levando o ser humano a refletir sobre suas
experiências estabelecendo estratégias de resolução de situações. O professor
desempenha o papel de facilitador da aprendizagem e incentiva a autonomia; o
aluno é criador do conhecimento e questionador, as atividades geralmente são
desenvolvidas por meio de projetos e o “erro” é avaliado através de reflexão da
ação.
Acredito que o método
construtivista/sócio-construtivista desenvolve um aprendizado mais eficaz no
grupo escolar, durante as reuniões de HTPC e planejamento, proporcionando a
formação continuada, realizamos leituras compartilhas, valorizamos na roda de
conversa a opinião de cada um e ratificamos a questão que educar é provocar a
atividade, estimulando a procura do conhecimento, ou seja, não devemos dar nada
pronto ao aluno (professor) e sim
oferecer meios para que ele busque novos conhecimentos,
porém é importante ressaltar que para realizar esse trabalho construtivista o
coordenador pedagógico deve fazer um diagnóstico dos saberes dos professores.
III.
Objetivos:
A partir de observações e diagnósticos
de sabres existentes no grupo escolar tenho como objetivo este ano:
Ø Possibilitar a
reflexão dos professores sobre as concepções que embasam a sua prática;
Ø Desenvolver no
grupo escolar habilidades de escrita;
Ø Possibilitar
reflexão das ações dos professores dentro e fora de sala;
Ø Incentivar a leitura
de textos, livros, poesias, outros gêneros e portadores de texto;
Ø Incentivar os
registros do processo pedagógico;
Ø Possibilitar
aquisição de conhecimentos sobre necessidades especiais;
Ø Incentivar o
trabalho coletivo;
Ø Possibilitar a
reflexão sobre as atividades a serem desenvolvidas com os educandos.
IV.
Metas Previstas:
Ø Criar uma parceria
com os educadores;
Ø Ampliar o
conhecimento sobre projetos escolares;
Ø Conquistar mudanças
de atitudes após as reflexões sobre a prática docente;
Ø Estimular a participação
coletiva do grupo escolar em atividades diversas desenvolvidas durante o ano
letivo;
Ø Incentivar
e garantir a participação da comunidade nos trabalhos realizados pela U.E.;
Ø Garantir
que os professores elaborem o planejamento dentro das expectativas e
habilidades dos segmentos;
Ø Garantir
que os professores saibam selecionar atividades significativas para cada
habilidade.
V.
Ações a
desencadear:
Diante das metas previstas para o ano
de 2012 é necessário planejar as ações em primeiro lugar. A ampliação do
conhecimento sobre os projetos escolares iniciará no inicio do ano letivo,
proporcionando aos educadores a reflexão sobre a importância de se desenvolver
e aplicar os projetos institucionais, educacionais e didáticos diante de uma
concepção construtivista de ensino, possibilitando o aluno a participação efetiva
durante todas as etapas. As mudanças de atitudes através da reflexão serão
trabalhadas durante as reuniões de HTPC’s e planejamento, incentivando o
educador a avaliar sempre a sua prática, portanto a utilização de textos
específicos e a troca de saberes entre os mesmo serão à base desta reflexão.
Sabe-se que para um bom desenvolvimento escolar é necessário o grupo escolar
andar em direção a um mesmo objetivo, ou seja, podemos até traçar caminhos
diferentes, mas devemos ter um objetivo em comum para o final do ano. O
Incentivo para realização das tarefas e atividades no coletivo deve ser trabalhado
sempre, motivando o grupo a desencadear habilidades de socialização e
compartilhamento de responsabilidades.
Diante dos desafios da função, segundo
Cristiane Pelissari o formador deve trabalhar diante de desafios, pois afinal
se não existissem não teríamos como buscar novos caminhos. O formador deve
criar um contexto investigativo de formação, o coordenador deve propor uma
formação que privilegie a analise da prática do professor. Devemos intervir com
a intenção de “destruir” certezas que os educadores tenham sobre certos
assuntos, instaurando dúvidas, fazendo com que ele reflita saindo daquela visão
delimitada. Para tanto o formador deve proporcionar momentos de formação de
conhecimento, ao invés de apenas transmitir conhecimentos teóricos para os
profissionais.
O coordenador pedagógico deve estar
atento para analisar as necessidades formativas dos professores, devemos
realizar diagnósticos das necessidades, porém não podemos nos remeter somente
no inicio do ano, no período inicial de planejamento, tais diagnósticos devem ser
realizados durante e ao longo da formação. O formador tem que estar sempre observando
e ser um grande ouvinte, buscando novos conhecimentos e que esteja aberto para
aprender junto. Para tanto no inicio do ano é importante realizarmos um perfil
do grupo registrando tais necessidades e no decorrer do ano observar as mudanças
do grupo.
O terceiro desafio do formador, que
acredito ser um dos meus maiores desafios este ano será analisar as práticas
dos professores em sala de aula. Durante os anos anteriores por termos na
unidade escolar apenas assistentes de desenvolvimento infantil desempenhando a
função de professores, era mais fácil o coordenador ter acesso as aulas, pois
já existia uma
parceria com os mesmos a muito tempo. Porém este ano de 2012
com a entrada dos professores efetivos na instituição, tal parceria deverá ser
estabelecida novamente. Tendo em vista que é de suma importância o coordenador
auxiliar o professor a refletir sobre sua prática, conclui-se que devemos ter a
aula como um objeto de analise, porém tal tarefa não é algo tão fácil. Será
preciso fazer parcerias com os educadores, visando que o coordenador não está
ali para julgar e sim para ajudar o professor a olhar para a sua prática. O
coordenador deve estar atento para observar se o discurso do professor está bem
articulado revendo se a teoria está condizente com a prática, pois nem sempre o
que é planejado e registrado, acontece verdadeiramente. Ressalto também que é
importante o coordenador analisar, fazer suas intervenções e obviamente dar as
suas devolutivas aos professores.
Outro ponto importante é o coordenador
atuar em trânsito entre o papel de professor e de formador, deste modo devemos
estar próximos dos professores e ao mesmo tempo distante. Mas como isso é
possível? Acredito que essa proximidade com o professor se estabelece por meio
da parceria realizada entre as partes, pois o formador deve ter a visão das
dificuldades do educador e fazer parte deste grupo também, acredito que isso
acontecerá no decorrer do ano. Essa distância mencionada deve-se ao fato de
podermos olhar de uma maneira diferente para a prática do educador e perceber o
que é necessário melhorar e ampliar, tarefa que nem sempre é fácil, pois
precisamos fazer isso de uma maneira que não invada de uma maneira imprópria a
sala de aula do professor.
No momento que o coordenador passa a
ser um formador ele precisa compreender os processos de aprendizagem do adulto
- professor, pois o mesmo não aprende da mesma maneira que a criança. O
coordenador deve ter este olhar atento e perceber os conhecimentos prévios dos
professores e conhecer quais são as concepções que orientam a prática do mesmo.
Quando trabalhamos com crianças somos os detentores dos saberes, porém quando
somos formadores estamos trabalhando com pessoas com a mesma formação.
Fazer parte de um coletivo de
formadores evidenciando o trabalho coletivo é muito importante no
desenvolvimento do trabalho do coordenador pedagógico, pois também precisamos
de formação. O curso “Os saberes necessários ao coordenador pedagógico” Módulo
I e II, nos remete à muitas reflexões e nos auxilia a sair da nossa visão e
amplia- la de maneira muito significativa. Precisamos trocar saberes com outros
formadores e compartilhar ideias, evidenciando o aprendizado acima de tudo.
VI.
Avaliação:
O trabalho desenvolvido pelo
coordenador pedagógico será avaliado por meio de registros feitos, por
acompanhamento realizado pela equipe de supervisão e formação existente na
secretaria de educação (SEDUC) e a construção do portfólio da coordenação pedagógica,
instrumento avaliativo que apresenta uma visibilidade de todo o trabalho
desenvolvido durante o processo de ensino e aprendizagem.
VII. Bibliografia
FERRARI, Márcio. Revista
Nova Escola – Especial Pensadores. São Paulo. Ed Abril.
FREIRE, Paulo – Pedagogia da Autonomia:
Saberes necessários á pratica educativa. São Paulo: Paz e
Terra.
PELISSARI, Cristiane. Revista Avisa lá. Abril
de 2007.